janeiro 28, 2017

DIÁRIO DE BORDO: 27/01/2017 - GENTE

 O dia começou cedo. Acordamos todos às sete, alguns mais perto disso, outros mais longe. A manhã foi destinada a resolver pendências de saúde. Primeiro, levamos Ligia e Yasmim para fazerem exame de sangue. Yasmim não pôde fazer pois seu pedido havia expirado. Ficamos todos no corredor esperando Ligia. O médico terminou e saiu da sala chamando pelo próximo. Não havia próximo. Mas existiam quatro acompanhantes, todos de Ligia. Depois, fomos na padaria mais próxima para preencher o vazio deixado pelo jejum de 12 horas feito para o exame. Pedimos torta de frango, carolina, café, capuccino e pão na chapa. Conversamos sobre tudo. A conta saiu mais cara que o esperado. Na saída, nos lembramos de perguntar os preços antes de comprar. O capuccino era 10 reais. E pedimos dois. Samuel e Febraro foram autorizar alguns exames enquanto Ligia, Fernando e Yasmim seguiram para o ginecologista e posteriormente para o supermercado. 
 Combinamos pelo Whatsapp de ir ao shopping pegar os objetos de cena para o espetáculo do fim de semana e trocar os cartões presente que ganhamos no Natal e nunca trocamos por falta de tempo. Ligia avisou que estava muito cansada e que descansaria um pouco antes do almoço. Às 11:11, nossa agenda do dia foi enviada no grupo do Whatsapp. Incluía terminar de escrever os projetos da Cia., divulgar o espetáculo do fim de semana e ensaiar às 15h. Às 12:25, uma mensagem chegou no grupo avisando que as apresentações de sábado e domingo estavam canceladas. Todos estávamos cansados e não teríamos condições. Nos reunimos e entendemos a maturidade da decisão. Precisávamos desacelerar o ritmo e recarregar as energias. Postamos a arte nas redes sociais avisando do cancelamento. 
 Uma parte se dividiu na cozinha para preparar o almoço. Outra parte se dividiu na organização dos quartos. O almoço ficou pronto. O suco era de laranja com acerola. O prato principal foi ratatouille. Comida nova para alguns de nós. A mesa foi arrumada e Ligia montou o prato de um por um de forma caprichosa. Prato bonito e feito com carinho. Sentamos todos à mesa. Éramos oito. Nos refastelamos. Temos cultivado e apreciado a palavra "refastelar" já tem alguns meses. Usamos sempre que possível. Tiramos fotos para o diário de bordo. Capturamos amor. Após o almoço, descansamos. Houve quem dormiu. Houve quem só deitou. Decidimos levar os cachorros para passear. Eles são temperamentais e acabam brigando. O passeio durou pouco. Voltamos. O interfone tocou. Era a mãe de um aluno, que vinha para buscar um documento que admitisse o filho numa faculdade de Artes Cênicas nos Estados Unidos. Algo assim. Ligia entregou. Descansamos. 
 Começamos a arrumar a casa e a nós mesmos para irmos ao shopping trocar nossos cartões presente. Só tinham mais três dias de validade. Fomos num carro de cinco lugares, oito pessoas. Chegando lá, fomos comprar um perfume novo. Olhávamos as roupas e pensávamos em possíveis figurinos. Encontramos a mãe de uma aluna e conversamos por um tempo. Na livraria, não sabíamos que livro escolher. Demoramos um tempo. Ligia disse que achava um absurdo a falta de livros sobre teatro. Uma mulher que estava por perto disse que Ligia queria se passar por intelectual. Ligia não respondeu porque não ouviu. Foi difícil achar livros que já não existissem em nossa biblioteca. Conseguimos. Febraro escolheu "A náusea" de Sartre. Fernando e Gabriel se divertiram com os videogames modernos. Yasmim escolheu "Mar morto" de Jorge Amado. Ligia escolheu canetas para o seu escritório e uma caixa de giz de cera para os alunos. Samuel escolheu "O idiota" de Dostoiévski. João escolheu "A insustentável leveza do ser" de Milan Kundera. Roberto escolheu o box com todos os livros de Game of Thrones. Pois é. 
 Pagamos o estacionamento e saímos do shopping a caminho de um restaurante de comida japonesa. Conversamos sobre a mulher que alfinetou Ligia na livraria e rimos da situação. Deixamos Roberto no terminal de ônibus para um encontro. No restaurante, encontramos outra mãe de aluna e conversamos por um tempo. Gostamos da comida e do atendimento. Pedimos frango, peixe, temaki, gyoza, sushi, sobá. Nos sentimos revigorados. Ao pagar a conta, Ligia pegou alguns pirulitos de coração e distribuiu entre nós. Tiramos uma selfie antes de sair. No caminho para casa, paramos em uma farmácia para comprar remédios e água. Fernando tem uma teoria de que nosso filtro não filtra a água tão bem quanto antes. Chegamos em casa. Demos "boa noite" e "eu te amo". Nos despedimos no fim do dia para nos reencontrarmos no início. Dormimos com facilidade. Roncamos.

27/01/2017.

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