junho 30, 2017

Diário de Bordo :: 30/06/2017

junho 30, 2017

Sexta-feira. Quase todos chegamos cedo na casa. Último dia de inscrições em dois editais culturais. Não faltava muita coisa, estávamos quase prontos. Mas enquanto não terminássemos, não conseguiríamos fazer outra coisa. Sentamos em frente aos nossos computadores e continuamos os trabalhos até, mais ou menos, às 16:37. Sem almoço. Thaisa finalizou a inscrição em um dos editais que era só online. Ligia permanecia no outro. Samuel organizava os portfólios dos atores. Kelly e Daniel chegaram de um cartório. Fernando e João, de outro cartório. Saímos para imprimir o que era preciso. Ligia colocou tudo em ordem. Fernando comprou a pasta. Thaisa esquematizava os papéis para Ligia furar e colocar na pasta. Tudo pronto. Só faltava enviar. Partimos para o Shopping, sentido correios, e enviamos tudo. Ai caramba. Conseguimos. Nem acreditamos. Agora é esperar o resultado. Podemos descansar. O quê? Descansar nada. Queremos comer. Os meninos, verdes de fome e com as lombrigas atacadas, escolheram um rodízio de míni-hambúrguer. Foi o que jantamos. E passamos mal depois. Minha nossa senhora. Precisamos parar de comer tanta porcaria. Voltamos para casa e encontramos Nelson mancando. Shakespeare é terrível, não deixa o pequeno em paz, Ainda bem que Chaplin sabe se defender. Mas deveria aprender a defender seu irmão menor. Esses cachorros são estranhos. Demos atenção e carinho para Nelson, que chorava para o portão como quem deseja ir embora de casa. Separamos os cachorros e fomos ensaiar. O Mágico de Oz. Não ensaiamos até tarde, mas comemos e ensaiamos o suficiente para ouvir nossos travesseiros nos chamando. Paramos. Partimos para nossas casas. Às vezes dá saudades de morar na casa de cultura, onde dormíamos todos juntinhos. Nós, os cachorros e as estrelas. Sigamos.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
29/06/2017

junho 29, 2017

Diário de Bordo :: 29/06/2017

junho 29, 2017

Quinta-feira. Mais um dia que começa cedo. Semana de editais. Trabalho que não acaba mais. Ligia precisava montar todo o projeto, e organizar todos os arquivos de acordo com o exigido no edital. João trabalhava nos textos. Thaisa, Samuel e Febraro ficaram com os portfólios. Gabriel trabalhava com as artes e Kelly com a divulgação. Daniel cuidava da recepção. Fernando passou na padaria e na farmácia e seguiu para o Casa. Tomamos um café bem tarde e quase esquecemos de almoçar. Depois de trabalhar mais um tanto, pedimos delícias da Lizandra, Mineiro Delivery. João e Fernando tiveram que parar o que faziam para irem conhecer o espaço onde trabalharemos no sábado. Um salão de festas infantil. Retornaram e passaram as impressões gerais do local para todos. Continuamos nossos projetos de editais. Parecia que não acabaria nunca mais. Hoje era dia de aula da turma de selecionados. A maioria dos alunos somos nós. Os outros mandaram mensagens dizendo que não poderiam vir. Apenas Dani chegou. Mas estávamos tão ocupados que quase não demos atenção a ela. Daniel, que é o único que fica no térreo, fez companhia para Dani. Sentíamos fome. Ligia sugeriu pizza. Febraro se encarregou de ligar na pizzaria, mas não atendia. Thaisa sugeriu uma pizzaria diferente e ainda queria pizza de berinjela. Aff. Mas gostamos das pizzas. A de chocolate era maravilhosa. O chocolate não era derretido e ainda tinha pedaços milimetricamente fatiados de morango. Incrível. Dani comeu com a gente. Aula de teatro com pizza. Precisamos repensar nossas aulas. Aulas com comida são mais interessantes. Voltamos para os trabalhos e assim ficamos até depois das 22h. Ligia sugeriu que parássemos. Ficamos incomodados de ter que parar sem finalizar os trabalhos. Mas era tarde. Precisamos descansar. Até parece que iríamos parar. Ainda pesquisamos nós. Encontramos matérias online divulgando a apresentação do Grupo Casa com As Aventuras de Bagacinho no próximo domingo. Cinderela. Às 15:30. No Arena Bosque. Esperamos vocês!

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
29/06/2017

junho 28, 2017

Diário de Bordo :: 28/06/2017

junho 28, 2017

Quarta-feira. Decretamos folga de fim de mês. Todos exaustos do mês de junho. São 31 dias. Foram 20 apresentações. Algumas duplicadas em duas sessões no mesmo dia. Acredito que este foi o mês de trabalho mais puxado do Grupo Casa desde seu início. É o mar de caos que tanto esperávamos. Mas ainda está leve. Esperamos mais. De manhã, todos dormiram bem. Alguns se levantaram para trabalhar, mas nada pesado. Thaisa foi ao oftalmologista ver sua situação míope e receber receita para comprar um novo óculos, já que os cachorros tinham comido seu antigo. De tarde, Ligia, Samuel, Fernando, Thaisa e Febraro foram ao shopping fazer compras. João chegou e se juntou a nós. Precisávamos dessa tarde. Nossos sapatos estavam incrivelmente velhos e acabados. Fernando foi o primeiro a decidir seu presente. Um tênis esporte, azul e estiloso. Febraro e Samuel escolheram sapatos casuais. Ligia buscava algo parecido com sua botinha de Bagacinho, mas não conseguia encontrar nada. João escolheu um converse vermelho. Thaisa escolheu ir à ótica comprar seu novo par de óculos. Depois de horas procurando, Ligia encontrou um tênis fofíssimo e levou. Depois da compra, encontrou milhares de calçados do jeitinho que ela queria. Pois é. Febraro e Samuel já estavam na casa de cultura para a aula das crianças. De repente, Febraro liga para Ligia pedindo socorro. São muitas crianças e Samuel não estava lá. Foi encontrar sua mãe. Tivemos que ir embora. Ligia acalmou as crianças. Como ela conseguiu, eu não sei. Depois não sabe porque a chamamos de mãe. Sentamos na cozinha e encontramos um delicioso bolo de limão que Ana Julia havia trazido. Estava incrível! Comemos com café e ostentamos nossos novos sapatos. A mãe de uma das nossas alunas da turma infantil estava no shopping e pediu que levássemos sua filha até lá. Thaisa e Daniel se encarregaram disso e voltaram para o Shopping. Aproveitaram para comprar uma nova meia para Charanga. A antiga foi comida pelos cachorros. Esses cachorros são terríveis. Cruzes. Lembramos que os editais nos chamavam. Subimos para nossos computadores e continuamos os trabalhos que paramos ontem. Não deveríamos. Era dia de folga. Mas não conseguimos ficar muito tempo sem trabalho. Teatro é tipo um vício. Quando você entra nesse mundo, coisa nenhuma consegue nos trazer de volta. E assim fomos até tarde da noite. Sigamos. 

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
28/06/2017

junho 27, 2017

Diário de Bordo :: 27/06/2017

junho 27, 2017


Terça-feira. Início de semana para nós. Só que não. Continuação mesmo. João e Thaisa foram os primeiros a chegarem na casa de cultura e logo começaram a organização para iniciarmos os trabalhos. Ligia, Fernando, Febraro e Samuel chegaram em seguida. João passava o café e a Thaisa cortava frutas. Ligia preparou tapioca para todos. Comemos e partimos para nossos locais de trabalho. Cada semana que passa, ficamos mais loucos. A manhã era pra ser de descanso a alguns meses atrás. Agora nós trabalhamos sempre desde muito cedo. Algo de errado não está certo por aqui, meus caros. Apenas a fome é certa. João foi o primeiro a se manifestar. Paramos tudo para almoçarmos. Fomos ao restaurante. Era buffet livre. Falou em livre, falou com a gente. Comer à vontade é o que fazemos de melhor. E tinha muita massa. E uma mais deliciosa que a outra. Talvez cada um de nós tenha engordado 2 ou 3 kg hoje. Mas antes do almoço, prometemos que começaríamos nova dieta depois da comilança. Até parece. Enfim. Retornamos para as atividades. Assinamos a carta a favor dos festivais estaduais terem editais. Sentamos nos nossos computadores. Assim como todas as tardes e noites. Menos Ligia e Fernando. Foram pagar contas. A hora passava. O dia envelhecia. O sol descia. Sentíamos fome. Sim. Já. Thaisa fez tapioca ~queimada para a galera. Não foi o suficiente. Precisávamos de um lanche que realmente matasse nossas lombrigas teatrais. Era um espetáculo. Um coro de roncos. Maestria estomacal. Nossa, acho que quem lê esse blog diariamente pensa que passamos fome. Daniel e Gabriel foram para suas casas. Ligia, Samuel, Kelly, João, Thaisa, Fernando e Febraro se juntaram à Teuda para matutarmos em cima da dúvida diária mais difícil de se responder: onde comer? Hoje a decisão era tão difícil que Ligia lançou um pedido de ajuda no facebook. A galera opinou. Diversos lugares. Escolhemos aquele mais longe. Delícias da Tia. Ainda não conhecíamos. Enquanto o lugar não chegava, nos perguntávamos porque tínhamos escolhido aquele tão tão tão longe. Quando chegamos, vimos que valeria muito a pena. E valeu. Lugar aconchegante. Lanches deliciosos. Sobremesas fantásticas. Nos esbaldamos. Comemos além da conta. Que noite ótima. Que lugar incrível. Grupo Casa recomenda. Voltamos para nossas casas. Ah. Hoje foi mais um feito importante para o Grupo Casa. Atingimos 10 mil curtidas em nossa página do Facebook! São 10 mil motivos para comemorar. 10 mil alegrias. Que mais pessoas possam conhecer o nosso trabalho. Convide os amigos para curtir a nosso grupo. Mandamos 10 mil beijos para cada um dos 10 mil que curtiram nossa página. É beijo que não acaba mais. É amor que não cabe em nós. Grupo Casa está 10 mil vezes mais comprometido em fazer teatro. Obrigado a todos que acompanham nosso conteúdo diariamente. Que curtem, compartilham, comentam, trazem coisas novas, debatem e dão feedback! Viva o teatro!!


Sigamos. Com paz, amor e poesia.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
27/06/2017

junho 26, 2017

Diário de Bordo :: 26/06/2017

junho 26, 2017

Segunda-feira. Fazem algumas semanas que tentamos descansar nas segundas-feiras. Mas a gente simplesmente não quer. O corpo pede, mas o coração impede. Acordamos prontos para comer. Febraro e João acordaram e logo começaram a organizar a casa de cultura. Febraro no andar de cima. João, no quintal. Thaisa chegou, pegou a cozinha e passou café. Ligia, Fernando, Samuel e Febraro foram à padaria. Chegaram com a mesa já pronta, cheia de copos, xícaras, pratos e talheres esperando para serem sujos. Enquanto Fernando preparava tapiocas, Ligia cortava frutinhas. Sentamos na grande mesa da sala de recepção da casa de cultura e comemos, e conversamos, e rimos, e planejamos. Até que Mayra e Galiana chega para uma visita. As duas tinham vôo no fim da manhã, mas Mayra insistiu que Galiana fosse conhecer nosso espaço. 


No fim da manhã, conversávamos sobre os editais para os quais mandaríamos trabalhos. Decidimos uma dramaturgia para passar à cena. Sentamos em roda e fizemos a leitura da introdução do livro. Os cachorros nos acompanhavam até começarem a brigar. Acho que ainda não comentei aqui no blog. Um dos cachorros, o Shakespeare, é terrivelmente ciumento. Só de sentir que estamos olhando para um dos outros cachorros, ele ataca. Chaplin sabe se defender. Nelson é o que mais sofre por ser o mais fraco. E hoje aconteceu um desses ataques de ciúmes. Shakespeare não soltava Nelson de maneira alguma. Só soltou quando Fernando jogou água neles. Uma loucura. Fica a dica. Se vir dois cães brigando, jogue água. Aproveitamos que ficaram molhados para dar banho nos três. Fernando dava banho. Ligia, Febraro e João secavam. Abraçamos muito mais cada um deles. Cachorro cheiroso é mais gostoso ainda de morder e amassar. Entramos para continuar os trabalhos no escritório.


Era hora de almoçar. Pensamos em experimentar a comida do Mineiro Delivery, novo restaurante de Campo Grande, comandado pela mãe de uma de nossas alunas de teatro, a Manú. Lizandra nos atendeu com o maior carinho. Recebemos nossas comidinhas. E que delícia. Strogonoff de frango, strogonoff de grão de bico e galinhada. Estão de parabéns. Grupo Casa recomenda. E voltemos aos trabalhos. João e Thaisa caíram novamente no mundo dos editais. Ligia com os projetos e as burocracias. Kelly fazia cálculos e mais cálculos. Fernando fazia pesquisas para o novo espetáculo do Grupo Casa. Gabriel desenhava a arte de divulgação da próxima aventura que a turma do Bagacinho viverá no domingo. Febraro cuidava de toda a Casa de Cultura Nildes Tristão Prieto, e Samuel cuidava dos currículos dos artistas do Grupo Casa. E nisso todos ficaram até a noite. Até o momento que nossas barrigas começaram a berrar para os sete mares. Ligia sugeriu irmos tomar um caldo. João e Thaisa foram para suas casas sem jantar e logo se esconderam debaixo de suas cobertas. Os demais encheram suas barrigas de caldo quente para aliviar o friozinho que anda fazendo todas as noites em Campo Grande. Antes de dormir, ainda assistimos a um dos vídeos de uma das fontes inspiradoras da turma do Bagacinho: as palhaças Lasanha e Ravióli. Amamos mais que arroz carreteiro. Obrigado, palhaças. Vida longa a todos nós. Vida de palhaçaria. Vida de nariz vermelho. Vida de encantamento. Sigamos.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
26/06/2017

junho 25, 2017

Diário de Bordo :: 25/06/2017

junho 25, 2017

Domingo. O dia mais esperado da semana. Para a maioria, é dia de descanso. Para nós, dia de trabalho. Quem disse que não existe aquela profissão que a gente espera é o dia de mais trabalho? No teatro é assim. Descanso a gente não quer não. Quanto mais trabalho, melhor. Deus me livre ficar parado. Que venha o caos. Comecemos os trabalhos. Espera. Antes, precisamos de energia. Só o sono não é o suficiente. Galera aqui gosta é de comida. Ligia, Fernando, Febraro e Samuel passaram na padaria para comprar pães para o café. Roberto arrumava a mesa. Thaisa passava o café. Kelly organizava objetos cênicos a serem levados para o shopping. João cuidava dos cachorros. Tudo pronto para a hora mais deliciosa do dia. Todos sentados para tomar café. Conversávamos sobre tudo e todos. Juro que não sei de onde a gente tira tanto assunto pra conversar sendo que vemos a cara um do outro o todo dia, o dia todo. Deve ser amor. Sigamos. Do café, para o Dancidades (Dança e Cidadania). Um projeto da Ginga Cia de Dança voltado para o ensino da dança, gestão e sustentabilidade de iniciativas na área por meio de oficinas e seminários. O Grupo Casa foi convidado para participar do seminário 'Gestão e sustentabilidade de iniciativas em dança'. Fernando e Ligia, que adoram falar, estouraram o tempo sem perceber. Nos divertimos. A mesa também era composta por Rafael Guarato (Historiador da dança e professor do curso de graduação da UFG/Goiás), Galiana Brasil (gestora do Núcleo de Artes Cênicas do Instituto Itaú Cultural) e João Vicente (ator, bailarino, coreógrafo, pesquisador em dança e professor lá em Palmas/TO) nos passaram suas experiências também. Respondemos perguntas do público. Dos outros seminaristas. De nós mesmos. Marquinhos, que estava de olho no horário, nos alertou do término do evento. João tinha horário com a saída do avião de volta para sua terra. Trocamos cartões e nos despedimos. Foi um prazer.


Ates de irmos, Fernando e Ligia foram ao banheiro. Os demais, aproveitaram para comer chipa e chá mate com limão, já era 12h e não tínhamos tempo par ao almoço. Apenas partimos para o shopping para ensaiar mais algumas vezes o espetáculo de hoje. Enquanto passávamos as marcações, Roberto comprou lanche para todos. Comemos com um pouquinho de pressa. Nada saudável. Mas necessário. Vestimos nossos figurinos de palhaços, testamos nossos microfones, e saímos cantando shopping afora. Hoje foi dia de teatro. De retreta. A apresentação de "O Patinho Feio" foi uma delícia. Uma bela estreia. Poderíamos chamar essa peça de: 'A Verdadeira História do Patinho Feio ou Como Nascem os Palhaços'? Foi emocionante​. Crianças e adultos emocionados com a saga do patinho que só queria pertencer. Viva os palhaços!!! Shopping Bosque dos Ipês, nosso lugar preferido. 


Partimos. Roberto ficou em casa. Deu atenção para os cachorros, os colocou para dormir e subiu. Os demais foram para a quermesse. Comemos míni-pizza de marguerita, milho verde cozido, pastel de queijo e escondidinho de carne seca. Pra variar, conversamos. Sobre a kombi, sobre teatro, sobre viagens, sobre as nossas vozes, sobre o caos em geral. Encontramos nossa aluna de teatro, a pequena Isabelinha. Febraro e Daniel bateram altos papos com ela. Os pais e o irmão de Febraro chegaram e sentaram conosco. Kelly encontrou sua prima, conversaram bastante. Thaisa e Samuel queriam churros, mas a fila das fichas estava extremamente comprida e a preguiça de esperar era maior. Ainda bem. Esses gordinhos não têm controle.


Depois de tanto comer e conversar, nos fomos. Com as barrigas e os corações cheios de comida e de amor, respectivamente. Agora é fechar os olhos e esperar a chegada do próximo dia de trabalho e poesia. Sigamos

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
25/06/2017

junho 24, 2017

Diário de Bordo :: 24/06/2017

junho 24, 2017

Sábado. Fim de Semana. Dia de trabalho. A manhã começou cedo pra Thaisa, que precisava finalizar o portfólio do Grupo Casa e começou a trabalhar às 7h. Logo, foi continuar os trabalhos na casa de cultura. Febraro já se encontrava organizando a casa. Logo, Kelly chegou e sentou para tratar dos cálculos financeiros do grupo. Ligia chegou em seguida e tirou a bolsa que João ainda carregava no ombro desde que chegara. Só tem maluco aqui. Ligia e Fernando trouxeram lanche para o café da manhã. Às 10:57, sentamos na grande mesa da sala de recepção para comermos. Isso mesmo. Café da manhã às 10:57. Pão, bolo, e café. Tudo muito bom. Conversávamos sobre tudo. O interfone nos chamou para a vida. Era Mayra Koketsu, do Itaú Cultural. Mayara queria conhecer nosso espaço e marcou essa visita. Quanta honra. Apresentamos nosso espaço. Contamos nossa história. Falamos sobre o cenário cultural do nosso estado. Conversamos durante horas. Nem percebemos que estávamos de novo sentados na mesa de café, tomando café novamente. E olha que já passava da hora de almoço. Percebemos o horário e nos levantamos. Todos entramos na Kombi para almoçar. Apenas Gabriel ficou para trabalhar nas nossas próximas artes de divulgação. Demos carona para Mayra até seu hotel, nos despedimos e fomos almoçar. Estacionamos na frente de um pet-shop. Haviam dois cachorrinhos numa gaiola muito, muito, muito pequena. Quando os vimos, logo começaram a nos chamar. Fomos vê-los mais de perto. Thaisa logo se entristeceu vendo tamanha judiação com os cães. Como é possível alguém abrigar cães numa gaiola tão pequena? E ainda sem proteção para os pés. Os cães pisavam em uma grade! A dona do pet-shop chegou perto de nós perguntando se queríamos leva-los, e Thaisa simplesmente pediu que ela colocasse papelão ou algo do tipo no fundo da gaiola para que eles pisassem, sentassem e deitassem com um mínimo de conforto. Curta, grossa e com os olhos lacrimejando. Ela pede desculpas pela grosseria. Deixamos os cães e fomos para o restaurante. Amoçamos conversando sobre a mesa redonda que Fernando e Ligia participarão neste domingo cedo no Dancidades. Sobre empreendedorismo. Sobre o nosso dia a dia. Sobre a nossa vida como coletivo de artistas. Retornamos para a casa de cultura, pois nossa agenda do celular apitou nos lembrando que estava quase na hora da aula das crianças. A mesa do café ainda estava lá. Organizamos a mesa, a cozinha, lavamos a louça e demos atenção para os cachorros, que nos cheiravam sabendo que tínhamos conversado com outros cachorros. A partir daí, nos dividimos em nossos afazeres individuais. João tirava músicas do nosso novo espetáculo: "As Aventuras de Bagacinho em: quem conta um ponto, cria um conto - O Patinho Feio". Kelly decorava suas falas. Ligia e Fernando trabalhavam nos projetos. Thaisa nas redes sociais. As aulas ficaram sob responsabilidade de Febraro e Samuel. Daniel cuidava da recepção e dos alunos. Roberto chegou e logo sentou para conversar com João e Thaisa. Povo fofoqueiro. Ligia e Fernando saíram para comprar coisinhas para fazermos cachorro-quente. Logo chegaram e Ligia partiu para o fogão. Cozinhamos enquanto a aula das crianças terminava. Sentamos todos juntinhos na pequena mesa da cozinha para comermos e nos lambuzarmos. Comer cachorro-quente sem melecar a cara com molho é algo impensável. Fernando e João optaram por comer as salsichas com tapioca ao invés de pão. Para Thaisa, Ligia fez um delicioso molho de tomate com cebola. E acabava a hora mais interessante do dia. O que seria de nós sem a comida? Deus me livre uma vida assim. Vivemos é pra comer mesmo. Brincadeira. É pra fazer teatro. No palco, e na rua. Em casa e em todo lugar. Até no shopping. Por que todo lugar é lugar de teatro! Viva o teatro! Então, é para o shopping que vamos. Ensaiar. Amanhã é dia de estreia. Precisávamos marcar o espetáculo. As Aventuras de Bagacinho em: quem conta um ponto, cria um conto - O Patinho Feio. Bagacinho está fazendo o Patinho Feio mais engraçadinho do mundo. Chegamos, sentamos, e passamos o texto.



Então domingo tem teatro? Tem sim senhor! E o Grupo Casa tem o prazer de apresentar: As Aventuras de Bagacinho em: quem conta um ponto cria um conto - "O PATINHO FEIO". A partir das 15:30, aqui no Shopping Bosque dos Ipês. E lembrem-se: a verdadeira beleza está no interior. Não importa se tem bigodes de foca, nariz de tamanduá e orelhas de camelo. O que importa é ser amigo e é lindo do jeito que está. A Aventura está lá fora, aventureiros. Sejam felizes!

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
24/06/2017

junho 23, 2017

Diário de Bordo :: 23/06/2017

junho 23, 2017

Sexta-feira. Ligia já acordou trabalhando. Precisava montar uma apresentação para a reunião com o Shopping Bosque dos Ipês. João ajudou. A reunião aconteceu no fim da manhã. Discutimos novos projetos para o espaço Arena Bosque. Da discussão, João passou a tarde pesquisando novos instrumentos de som para o espaço. Thaisa atualizava as redes sociais. Febraro e Samuel foram comprar produtinhos de limpeza para continuar o que começaram nos banheiros. Daniel atualizava as planilhas de pagamentos dos alunos de teatro. O dia se passou basicamente dentro do nosso escritório e do teatro, sendo que o escritório bombou até tarde. Enquanto Ligia, João, Fernando, Kelly e Thaisa trabalhavam nos projetos futuros do Grupo Casa, Febraro e Samuel ministravam a aula das crianças. Finalizada a aula, Samuel foi ao hospital fazer companhia para sua mãe. Os projetos continuavam. Finalizamos quase tudo, mas a fome nos tirou nossas energias e decidimos parar tudo para irmos comer. Decidimos um lugar e saímos. Antes do meio do caminho, escolhemos outro lugar. E outro. E outro. E voltamos no primeiro. E outro. E, por fim, fomos a um japonês perto do hospital onde Samuel estava. Pedimos dois yakissobas. Um com carne e outro sem carne. Pedimos uma marmitinha para separar yakissoba para o Samuel, passamos no hospital, e voltamos para a casa de cultura. Febraro ficou. Thaisa e Kelly pegaram seus carros e partiram para suas casas. Fernando e Ligia seguiram com Teuda para sua casa. Mais um dia incrível. Parece que não, mas o trabalho hoje rendeu bastante. Que seja assim todos os dias. Sigamos.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
23/06/2017

junho 22, 2017

Diário de Bordo :: 22/06/2017

junho 22, 2017

Quinta-feira. Acordamos em Laguna Carapã. Bem cedo, por sinal. às 6h já estávamos de pé escovando os dentes. João, Febraro e Samuel chamavam o restante da galera para tomar café. Thaisa e Kelly foram em seguida. Ligia e Fernando chegaram depois de todos. Organizamos nossas coisas na Kombi e fomos para a escola reorganizar nosso cenário para a próxima aventura que começaria logo cedo para, mais ou menos, 200 crianças do matutino. 



De lá, partimos para Dourados. Almoçamos com a Cat e o Vini. Pensamos em voltar no Restaurante Vegetariano que o Juninho nos apresentou. E voltamos. É vegetariano, mas tem muita coisa incrivelmente gostosa. Algumas coisas estranhas, mas a maioria das comidinhas é deliciosa. Thaisa que sempre come pouco no almoço, resolveu sair de lá com dor de estômago cheio. Todos comemos de quase tudo. Comemos tanto que esquecemos de tirar foto da galera. Mas vai uma foto da Teuda esperando a gente na frente do restaurante!



Prometemos para os meninos que voltaríamos para passar uma semana sem trabalho e aproveitarmos melhor nosso tempo juntos. Hoje foi tudo muito rápido de novo. Nem conseguimos ver o Dante dessa vez. Mas saibam que mesmo com pouco tempo, é sempre muito bom revê-los. Adoramos vocês, e já estamos com saudades. Partimos viagem para Indápolis. Chegamos na Escola Estadual Joaquim Vaz de Oliveira. Ligia e Thaisa desceram para pedir informações. Conhecemos o palco que usaríamos. O lugar é lindo. Uma paisagem incrível por trás de nós. O sol estava radiante. Esquecemos de fotografar. Entramos com a Kombi na escola, descemos e montamos nosso cenário. Também montamos os microfones e o som. Nossos gogós não aguentariam. O espaço era muito grande. As crianças saíram para o intervalo e ficaram assistindo a montagem. Encantados. Uma das crianças perguntou o que era aquilo tudo. Respondi: 'vai ter teatro hoje'. Ele perguntou 'o que é isso'. Que coisa, não... Crianças sem teatro são crianças sem poesia. O teatro é necessário. A educação atrelada ao teatro resulta em melhor formação da criança. Por mais teatro nas escolas! Os palhaços esperavam no camarim. As crianças começavam a chegar. Eram mais ou menos 150 crianças. Bolonhesa saiu para conhecer uma por uma. 



As Aventuras de Bagacinho hoje se passaram lá no Rio Grande do Sul. Contamos a história de Henry Cope - O Menino que Cooperava para as crianças da escola. As crianças eram encantadoras. Riam de todos os movimentos dos palhaços. Aliás. As crianças de até 7 anos. As crianças de 8 anos pra cima pagariam mico se rissem. Engraçado, não? Bolonhesa brincou diretamente com alguns meninos dessa faixa etária. Os meninos se mantinham sérios e quando o palhaço não estava mais olhando, eles riam. Sim, eu vi vocês rindo. E achei fofo. Riam mais, adolescentes e pré-adolescentes. A vida foi feita para isso! Nós nos divertimos muito. Apesar da metade de nós estar na faixa dos 30~40 anos, nos divertimos mais que adolescentes. A vida é muito louca. Finalizamos, nos despedimos, e saímos de lá às 16:43.



O dia de hoje foi fantástico. Fizemos uma apresentação em Laguna Carapã e, depois, em Indápolis. Foram duas apresentações no mesmo dia em cidades diferentes. E a Teuda dando provas de sua máxima segurança e conforto. Estamos muito felizes com os nossos parceiros SESCOOP, Sicredi e Coamo. Viva o teatro em toda parte! 



Atravessamos a cidade de Dourados e caímos na estrada. Paramos para lanchar no meio do caminho. Comemos salgados, coca-cola e toddynho. Pegamos salgadinhos, pipoca doce, biscoito e mais toddynho para continuar a viagem. Fomos discutindo sobre novos projetos do Grupo Casa. Chegamos em Campo Grande por volta das 20:37. Deixamos Kelly em sua casa. Fomos para a casa de cultura descarregar a Kombi. Os cachorros nos esperavam. Estavam malucos. Eram muitas pessoas juntas. Não sabiam em quem pular. Demos atenção e brincamos com os três até se acalmarem. Shakespeare começou a brigar com Chaplin, pra variar. Nelson ficava no sofá com cara de coitado. Quando acontecem essas situações, sabemos que já estão bem. Thaisa estendeu os figurinos no varal. Ligia organizou a cozinha. Enrolamos um pouco e partimos. Febraro, Samuel, Thaisa, Fernando e Ligia entraram na Kombi. Cada um foi para sua casa. João pegou sua bicicleta e foi embora pedalando. Chegou em sua casa, e encontrou crianças na rua. Uma delas disse: "eu conheço um palhacinho igual a você". Não é pra morrer de amor? A turma do Bagacinho nos olhos das crianças. Todos em casa. Thaisa selecionou e editou algumas das fotos do dia. Fernando as postou no facebook. Finalizamos o dia como finalizamos todos os dias de nossa vida: felizes e ansiosos pelo dia seguinte. Grupo Casa é trabalho, amor e poesia. Sigamos.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
22/06/2017

junho 21, 2017

Diário de Bordo :: 21/06/2017

junho 21, 2017

Quarta-feira. Acordamos, novamente, em Amambai. Dois num quarto. Cinco no outro. Acordamos com folga. Tivemos a manhã livre. João foi o primeiro a despertar. Enrolou na cama até a fome começar a incomodar. Levantou e desceu para tomar café da manhã. Thaisa levantou em seguida. Lavou seu rosto e desceu também. Kelly foi a próxima. Febraro e Samuel se juntaram aos demais no café. Ligia e Fernando foram os últimos a levantarem. Nessa hora João já tinha se deitado novamente. Por pouco tempo. Logo juntamos nossas bagagens e partimos para Laguna Carapã. Por volta das 10:02. E que viagem maluca. Ligamos o GPS, que nos deu um caminho curto. Nem pra nos avisar que era um caminho sem asfalto e que dirigiríamos a 40 km/h. Da próxima vez, pediremos dicas de estradas antes de sair da cidade. GPS não ajuda tanto assim. Foram mais ou menos duas horas e cinquenta e seis minutos de viagem, sendo que a distância era de apenas 77,4 km. Estamos tentando levar teatro para as crianças do estado inteiro, mas com estradas selvagens como essa, fica um pouco complicado de se trabalhar.


Enfim chegamos. Estamos em Laguna Carapã. Grupo Casa fazendo teatro e mergulhando no Mato Grosso do Sul. O Brasil é lindo. Hoje enfrentamos muitos desafios para chegar até aqui. Mas valeu a pena. Logo encontramos a escola. A cidade é bem pequena. Um mimo. Thaisa e Fernando desceram para buscar informações. Conhecemos o local de apresentação e logo começamos a descer as coisas da Kombi. Só descer mesmo. Montagem do cenário deixamos para depois do almoço. Samuel nem tinha tomado café da manhã. Com aquele tamanho todo, imagina a fome. Encontramos um restaurante a duas quadras da escola. Fomos a pé. Conversando sobre a vida. Almoçamos com calma. Tínhamos tempo. Voltamos e montamos nosso cenário. Estamos cada vez mais rápidos com isso. Somos incríveis. Os incríveis. As crianças deram uma olhada de leve, mas tiveram que ir para suas salas de aula. Finalizamos. Fomos nos trocar. A produção liberou a entrada das crianças. Todas encantadas. Os olhinhos brilhavam vendo aquele cenário de teatro. Como se fosse um sonho sendo realizado. Depois ninguém acredita quando falamos que o teatro é necessário na vida das crianças. Hoje fizemos Henry Cope - O Menino que Cooperava para a criançada daqui. Uma parceria Grupo Casa, SESCOOP, Coamo e Sicredi. 


A diretora adorou. Pediu para que ficássemos e apresentássemos no dia seguinte pela manhã, período que tem mais alunos. O período matutino tem crianças de toda a zona rural. São muitas crianças. Não conseguiriam vir à tarde para nos ver. Conversamos com a galera que realizou esse lindo projeto, para ver a possibilidade de fazermos essa nova apresentação, pois teríamos que mudar o horário de apresentação do dia de amanhã em Indápólis (Dourados). Deu tudo certo. Levamos nossas bagagens para o hotel mais próximo. Logo do outro lado da rua. Um hotel muito gostosinho e aconchegante. Nos dividimos nos quartos. Alguns pediam comida, outros, pediam a senha da wi-fi. Ligia e Fernando foram ao mercadinho comprar frutas e cueca virada. Kelly foi dar um rolé na cidade. Thaisa ficou para tomar banho. João pesquisou equipamentos novos para o Grupo Casa. Febraro e Samuel trabalhavam no texto de O Patinho Feio. Ligia e Fernando voltaram com as frutas e a cueca virada. Também trouxeram suco e iogurte. Sentamos, comemos, e discutimos a agenda do Grupo Casa com os próximos eventos. Ligia já programou nosso ano inteiro. Ficamos muito animados. Thaisa e Febraro saíram de fininho para pular na cama elástica do hotel. Febraro arrasou, Thaisa caía toda hora. 


Voltamos para nossos quartos para continuarmos nossos trabalhos e lá ficamos até o horário de jantarmos. Ligia sugeriu que saíssemos para comer às 20h. Thaisa sugeriu que fôssemos às 19:43. Saímos, mais ou menos, às 20:03. A pé. Logo encontramos um lugar que vendia lanches. Na verdade, porções. Lanches não. Fomos embora procurar outro lugar. Rodamos até encontrar um Sicredi com terminais de auto-atendimento que não funcionavam. Retornamos e encontramos um lanche. Era barato. O dinheiro que tínhamos dava bem para comermos. Pedimos cachorro-quente, x-eggs, americano, americano sem queijo e bauru sem presunto. João e Fernando ficaram decepcionados com o x-egg. Era sem hambúrguer. Comemos e partimos. Thaisa precisava de salompas. Procuramos uma farmácia. O rapaz do lanche disse que a cidade só tinha três farmácias, e apenas uma era 24. Encontramos duas delas. As fechadas. Kelly emprestou um gel para dores. Thaisa e Fernando passaram e melhoraram. Na volta, encontramos uma conveniência. Paramos para comprar água. Retornamos para o hotel. Trabalhamos até o sono chegar. Amanhã a Teuda nos levará a Dourados. Essa Kombi nasceu pra isso. Grupo Casa a 100 por hora. Aliás, hoje foi a 40. Sigamos.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
21/06/2017

junho 20, 2017

Diário de Bordo :: 20/06/2017

junho 20, 2017
Acordamos em Amambai. Muito frio. Ligia e Fernando num quarto. Os demais, em outro. Os cinco no mesmo quarto. Pra aquecer um ao outro. Temperatura de 6 graus. Kelly, João, Thaisa, Febraro e Samuel acordaram bem cedo. Ninguém teve coragem de tomar banho. Só lavar o rosto já era um sacrifício. Descemos para o café. Um lindo café. Comemos bem. Thaisa e Samuel não queriam parar de comer. Kelly contava histórias de frio na Europa. Ligia e Fernando ficaram para descansar mais um pouco e tomaram café depois. Comeram mais rápido, já era quase hora de irmos. Ligia chamou todos para entraram na kombi. Tiveram que esperar os demais, que estavam embaixo de suas cobertas. O que seria do Grupo Casa sem Ligia? Kelly viu os dois saindo e chamou a galera. Entramos na kombi, ligamos o GPS, e partimos para a secretaria de educação. Lá recebemos orientações de como chegar no salão que apresentaríamos. Seguimos. Conhecemos o espaço e logo montamos o cenário onde iriam acontecer as aventuras de Bagacinho. Não conseguimos montar antes do início do espetáculo, tivemos pouco tempo. As crianças foram chegando enquanto ainda testávamos o som. Fernando anunciava o espetáculo para todos. Fomos para nosso camarim, nos trocamos, e logo demos início à aventura. As Aventuras de Bagacinho em: quem conta um ponto cria um conto - Henry Cope, o menino que cooperava! 


Eram 500 crianças, em média. Nos divertimos. No fim do espetáculo, fizemos nossa boa e velha selfie com as crianças. Nos despedimos e voltamos para o camarim para tirarmos nossos narizes de palhaço e vestir nossos abrigos de frio. Temperatura de nove graus. Juntamos todo nosso cenário para montar a Kombi. Fazia sol. Tudo  isso nos aqueceu. Voltamos para nosso hotel para juntarmos nossas coisas e deixarmos Amambai. Ligia não conseguiu definir um hotel para ficarmos na nossa próxima cidade de trabalho. Como nosso trabalho em Laguna Carapã será no período vespertino, ficamos no hotel. Amanhã partiremos. Do ladinho do hotel, havia um restaurante esperando por nós. Almoçamos e voltamos para nossas cobertas. Descansamos durante a tarde. Sabe aquele soninho pós almoço? Pois é. Às 16:39, acordamos com o telefone  tocando. Uma amiga do João estava no hall de entrada e queria vê-lo. João acordou, lavou seu rosto, e desceu. Sem nenhum casaco. Kelly, Ligia, Fernando, Thaisa, Febraro e Samuel trabalhavam em seus notebooks. Logo nos juntamos para o lanche. Pegamos os seus casacos de João, descemos, e pegamos João na recepção. Ligia e Fernando pegaram seus computadores para podermos trabalhar no local de lanche. Saímos a pé em busca de um restaurante ou uma pizzaria. A ideia era comer e continuar no local trabalhando. Todos juntos. Reunião. Andamos até descobrirmos que estávamos indo para o lado errado. Chegamos a uma padaria prestes a fechar e a atendente nos disse para irmos para o lado de onde vínhamos. Voltamos para o hotel. Entramos na Kombi e partimos para o outro lado. Encontramos diversas opções de locais para lancharmos. Todos fechados. Poxa vida. Entramos em uma padaria incrivelmente bonita. Fecharia em meia hora. Decidimos lanchar e retornar para o hotel. Vai que todos os lugares que servem comida à noite fecham às 20h. Sei lá. Comemos sanduíches e tomamos refrigerante. Ligia preferiu tomar um suco de abacaxi com hortelã. Thaisa, um cappuccino. Conversamos sobre novos projetos. Anotamos ideias. Discutimos teatro. Voltamos para o hotel e fomos para nossos quartos. Melhor assim. Trabalhamos no quentinho das cobertas. E de lá não saímos mais. Pelo menos a temperatura não estava tão baixa como ontem. Hoje dormiremos em doze graus celsius. Cada um com três ou quatro cobertas. Cruzes. 

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
20/06/2017

junho 19, 2017

Diário de Bordo :: 19/06/2017

junho 19, 2017


Segunda-feira. Dia teatral da preguiça. Acordamos em Ivinhema. E, mais uma vez, sem entender porque hotéis servem café até às 8h~8h30. Mais uma vez, tivemos que acordar, tomar café, e voltar para nossos quartos. Não sei quantos de nós dormiram. Sei que eu fiquei escrevendo o novo post aqui do blog. Talvez eu tenha me arrependido. Deveria ter dormido também. Todos acordaram. Hora do irmos para Novo Horizonte do Sul. Menos de uma hora de viagem. Chovia. Esquecemos de empacotar as bagagens que ficavam em cima da Kombi. Molharam. Nos preocupamos, mas não tinha onde parar para arrumar. Logo chegamos na cidade e já encontramos a Escola Municipal Professor Eduardo Pereira Calado. Bem perto da entrada da cidade. Nem usamos o GPS dessa vez. Estamos ficando bons em encontrar escolas. Assim como estamos ficando bons em encontrar os casacos na mochila. A frente fria chegou com tudo. Cada um pegou seu melhor abrigo e logo todos estavam agasalhados. Roberto e Kelly ficaram felizes. Roberto agasalhado, e Kelly só de cachecol. Povo doido. Ligia e Thaisa desceram para buscar informações do local de apresentação na escola. Conversamos com a diretora. Seria na quadra de esportes, mas chovia. Pensaram no refeitório, mas havia goteiras. Conhecemos o auditório e finalizamos as buscas. O porém, é que teríamos que fazer duas sessões, pois o auditório não comportava todos os alunos. Não temos problemas com isso. Quanto mais tempo dentro de nossos palhaços, mais animados nossos corações trabalham. 



Foram mais ou menos 450 alunos. Primeiro, uma sessão para os menores. Do 1º ao 5º ano. Os pequenos iam à loucura. Depois, uma sessão para os maiores. Do 6º ao 9º ano. Aí já eram adolescentes. Todos travados. Não conseguiram se soltar. Os palhaços davam 'boa tarde' e ninguém respondia. Responder 'boa tarde' não é pagar mico, galera. Adolescentes são engraçados. Assistiam e mantinham pose de pessoas normais. Mal sabem eles como é chata a vida adulta. E que depois dos 18 a gente se arrepende de não ter sido bobo durante toda a vida. Bem. Assim é como somos. Ainda bem que percebemos isso aos 18. E que depois disso ainda temos um vida inteira para sermos bobos. Nós somos bobos. E é daí que vem nossa felicidade. E é daí que sai nosso trabalho: transmitir felicidade para as pessoas. E foi o que fizemos hoje. Teuda assistia tudo lá de fora. Com saudades de nós. E nós com saudades dela.



Logo nos despedimos de todos, tiramos uma bela selfie, desmontamos nosso cenário, distribuímos autógrafos para alguns dos pequenos, tiramos nosso nariz de palhaço, partimos. Rumo a Amambai. Seguimos viagem. Precisávamos chegar ainda hoje. Temos trabalho na cidade de manhã cedo. Recebemos inúmeras dicas de pessoas dizendo para não irmos de noite, pois a estrada era ruim. Fomos assim mesmo. Sabíamos da força da Teuda. Sabíamos que ela seguraria a barra com dignidade. No meio do caminho, carros parados. Parecia um acidente. Passamos sem saber o que era. Não fomos loucos de parar por curiosidade. Somos loucos na vida. Não na loucura. É diferente. Tchau mesmo. Chegamos na cidade às 23:12. Encontramos o hotel. Perguntamos por um restaurante. Havia uma pizzaria pertinho e aberta. Sentamos o  mais perto possível da cozinha. Queríamos um canto quentinho. A porta estava aberta. Pedimos para o garçom fechar pois estava entrando vento frio. Ele disse que não seria possível. Tipo: oi? Ok. Jantamos com vento gelado mesmo. Voltamos para o hotel. Agora sim. Fizemos o check-in. Eram dois quartos. Um quarto de casal para Ligia e Fernando e um quarto família para Thaisa, João, Febraro, Kelly e Samuel. Uma cama de casal e três de solteiro. Era meia noite e a temperatura estava em uns cinco graus celsius. Apenas Kelly tomou banho. Tem maluco pra tudo. Ligia e Fernando tiveram azar. Um quarto pequeno, sem janela, com cheiro de mofo. Um hotel não deveria oferecer um quarto como esse. Que nonsense, galera. Poxa. Pediram para trocar. Parece que piorou. Mas ficaram. Era o jeito. Descansemos. Boa noite.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
19/06/2017

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