dezembro 09, 2017

GRUPO CASA NO SESC CORUMBÁ :: De 05 a 07/12/2017


O Grupo Casa, em parceria com o SESC MS de Corumbá, realizou uma pequena temporada de espetáculos infantis.

Foram cinco dias de viagem nessa linda cidade e eu conto tudo agora!

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DIA 1 (04/12/2017)
Muita chuva. Acordamos em ritmo de viagem. Só que tarde. Pretendíamos sair de Campo Grande às 11h, mas outras prioridades nos impediram de sair no horário. 

Febraro passou a madrugada no hospital com infecção de garganta. Ligia já estava lá tomando um belo soro depois de assar mal com lactose. Fernando acompanhava os dois. 

Logo cedo, João foi à sua unidade de saúde tomar vacinas pela mordida que levou de Shakespeare.

De tarde, Febraro precisou ir a uma UBS tomar as devidas vacinas depois de ser mordido por Shakespeare. Era pra tomar só a anti-tetânica, mas não deixaram ele ir embora sem tomar a anti-rábica também. Precisou ser atendido por um médico, e logo tomou todas as vacinas, faltando uma dose da anti-rábica para 3 dias. 

Ligia precisou ir até a Fundação de Cultura assinar novamente o contrato de prestação de serviços da nossa apresentação no Parque das Nações Indígenas que aconteceu em Outubro pois haviam perdido o contrato anterior.

Samuel aproveitou o tempo de espera para visitar sua mãe.

Buscamos os meninos e partimos. Rumo à Corumbá. Lá pelas 18:14. A viagem foi boa. Devagar. Gostosa. A pista era boa. Muita perereca cruzando a estrada. Viajar sempre é bom. Passávamos pelas cidades citadas no espetáculo (Aquidauana e Miranda) e falávamos falas do espetáculo de acordo com a região. Chegamos em Corumbá. Por volta de 00:47. A viagem foi gostosa, mas o tempo que levamos para chegar nos matou as pernas. Para viajarmos confortavelmente nessa kombi que suporta nove pessoas, apenas seis poderiam estar lá. Cenários e malas por todos os lados. Inclusive nos nossos colos. E o que ia por cima, caía em nós durante a viagem. E a gente ainda acha que a kombi é o suficiente para o Grupo Casa. Bom, a gente gosta de estar juntinhos. Mas não com coisas caindo sobre nós. Ficamos bem.  Encontramos o hotel e fomos para nossos quartos. Todos ótimos. Só que não. Ligia e Fernando trocaram de quarto três vezes. 

DIA 2 (05/12/2017)
Acordamos em Corumbá. Cada grupo de quartos tomou café em horários diferentes. Todos muito cansados. Voltamos para nossas camas. Fazia sol. Saímos atrasados para tentar descansar o máximo possível depois da viagem. Fomos ao Sesc. Conhecemos o espaço. Limpamos o chão da área de palco. Descarregamos a kombi. Montamos o cenários enquanto Ligia foi divulgar o espetáculo ao vivo na TV local. Ligia e Febraro deram atenção para a oficina a partir de então. Sete crianças. O restante passou som e texto. Finalizada a oficina, passamos texto e música novamente no camarim. Todos suados. Cidade quente da pega. Hoje era dia de "O Patinho Feio". Casa encheu. Fomos apresentados pela Marcelle. Contamos a história do patinho mais palhaço da história! Foi difícil. Marcamos com apenas uma passada. Foi divertido. Teve quem chorou na plateia. Uma história muito emocionante. Tiramos fotos com as crianças e fomos nos trocar. As roupas de palhaço são muito quentes, você nem imagina. Estávamos causando uma enchente dentro do Sesc. Thaisa ficou organizando o cenário e conversando com o pessoal do Sesc. Um pessoal muito gente boa, por sinal. Adoramos trabalhar junto com eles. Voltamos para o hotel e caímos na piscina por volta das 22h. Em silêncio para não acordar os hóspedes. Resolvemos ir comer uma pizza. Fomos ao Avalon Bistrô. Que lugar fofo! Aliás, tudo nessa cidade é fofo. Uma arquitetura sem igual. Comemos pizza de abobrinha com Martini. Merecemos. Demos uma volta de Kombi pela cidade. Passamos pelo porto. Voltamos para o hotel para descansar que o dia seguinte também prometia.

DIA 3 (06/12/2017)
Acordamos atrasados. Às 9:23. Apenas João, Thaisa e Gabriel tomaram café e já foram pra piscina. Os demais foram chegando. Passamos texto na piscina, almoçamos e partimos para o Sesc. Ligia e Febraro já foram direto para a oficina. Aqui não tem tempo nem de beber água. Os demais ficaram no palco improvisado para arrumar cenário e passar som. Ligia terminaria um projeto enquanto Febraro aquecia as crianças, mas recebemos a TV local e Ligia acabou ficando o tempo todo na oficina, que logo finalizou e já nos concentramos no palco/cenário para marcar o espetáculo.  Eram oito em cena. Fernando dirigia. Não foi fácil fazer as marcações. Mas Fernando conseguiu pensar em tudo e ficou lindo. Passamos as músicas e os microfones. Fomos nos arrumar no camarim. Aguardamos nosso lanche que chegou em cima da hora. Comemos pipoca com refrigerante antes para não passarmos fome. Nada saudável. Comemos um belo lanche depois da apresentação. Sanduba e pastel no Skinão. Vimos uma praça e fomos dar uma volta até vermos um morcego e voltamos de fininho. Avistamos uma sorveteria e lá ficamos por um bom tempo, tomando sorvete e conversando. Scorpios. Lá tinha um cartaz com divulgação dos nosso espetáculos. Queríamos levar com a gente. Voltamos para o hotel para descansar que o dia seguinte seria mais um grande dia.

DIA 4 (07/12/2017)
Thaisa, João, Ligia, Fernando, Gabriel e Smauel se encontraram no café da manhã. O dia estava nublado. Caíam gotas bem finas de chuva. Voltamos para a cama quando Ligia lembrou da segunda dose da vacina de Febraro, que foi à UBS acompanhado de Thaisa e Fernando. Fomos a pé na chuvinha mesmo. Conhecemos mais um pouco de Corumbá, vacinamos e voltamos para nossas camas no hotel. Combinamos de almoçar às 12h e fomos às 13h. A finalização da oficina começou às 15h com últimas passadas dos ensaios. O espetáculo foi às 18h. As crianças todas tímidas. João tocava músicas. Os pais ficaram emocionados. Vi uma lágrima no olho de uma mãe, pelo menos. Conversamos com os pais, nos despedimos, e fomos para o camarim. Passar texto e pintar o nariz de vermelho. Gabriel tomou o papel de Curupira e o papel de Caboclo do Mato. Aprovado. Um espetáculo sempre muito querido. Ainda mais tendo sido feito em Corumbá, uma das terras mencionadas no espetáculo, onde o trem termina sua viagem e Bolonhesa reencontra seu grande amor. Finalizamos e conversamos um tempão com Tânia sobre Corumbá e sobre a cultura de Corumbá. Thaisa ia arrumando o cenário. Continuamos nossa conversa no Dolce Café. Só petiscos. Uma delícia. Conversamos por horas. Uma banda fazia covers de clássicos do rock. Voltamos para o hotel para descansar que o dia seguinte era de lazer.

DIA 5 (08/12/2017)
Acordamos em ritmo de viagem. Só que não. Queríamos ficar e passear. 

Saímos do hotel e logo fomos conhecer a casa do Dr. Gabi, uma casa/museu com uma belíssima arquitetura e artigos mega históricos. O mais legal da casa é que Dr. Gabi era muito fã de Dom Quixote e lá ele nome uma das salas da casa como "Sala Dom Quixote", direcionada à leitura. Além dessa sala, a casa conta com uma decoração com muitas esculturas, pinturas, desenhos, cata-ventos e outras artes que remetem à história de Dom Quixote. Gilberto nos apresentou toda a casa e falou da história e das reformas dela. E um pouco da história de Corumbá. Ficamos ainda mais encantados. E nervosos ao saber de tanta história que não víamos mais nessa linda cidade por patrimônios ainda não tombados terem sido destruídos.

De lá, fomos ao SESC buscar nosso cenário e fomos passear pela Bolívia. Fomos ao Shopping China. Super pequenininho, bem diferente daqueles clássicos e gigantes do Paraguai. Nem compramos quase nada. Apenas uma mala de viagem. Fomos ao cruzeiro de Corumbá ver de perto o Cristo e a paisagem de toda a cidade. Incrível. Bem tarde partimos de volta para nossa cidade. Demos uma parada para jantar em Miranda e logo chegamos. Vini cuidou da casa a semana toda e nos recebeu na nossa chegada. Junto com os cachorros. Viajar é muito bom. Conhecer novos lugares é muito bom.

ENFIM
Queremos agradecer ao SESC MS pela parceria e dizer que desejamos mais semanas como essa. Ainda mais depois de ter conhecido a cidade de Corumbá! Nós que adoramos história não conseguimos esconder nosso encanto por essa cidade. Corumbá deixou em nós marcas profundas. A cidade respira história em cada casa. O Mato Grosso do Sul deve ter mais cuidado com aquele tesouro. O Brasil precisa conhecer o Brasil. Corumbá é uma joia arquitetônica, cultural, histórica... Viva cada canto daquela cidade!"Todo objeto estético é um monumento histórico". Corumbá é nosso! Viva!

Viva as parcerias! Viva o teatro!!




GRUPO CASA - Coletivo de Artistas

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