agosto 17, 2015

[FILO] 1º e 2º Dias

Sábado, dia 15/8, foi o primeiro dia do festival, e a galera do Grupo Casa prestigiou o espetáculo O Dia em que Sam Morreu, da Armazém Cia de Teatro, do Rio de Janeiro.


Impressões da peça O Dia em que Sam Morreu: Chegamos exaustos da viagem e ainda um pouco perdidos na cidade, fomos em busca do endereço do teatro Marista onde assistiríamos nossa primeira peça do festival, estávamos cheios de expectativas. Tinha um McDonalds na esquina, então jantamos super saudavelmente e partimos para assistir a Cia carioca Armazém. O teatro lotado. Um cenário lindo, com grandes placas que mudavam de cor de acordo com a iluminação, uma peça grandiosa, cenário grande com grandes atores. Super contemporânea, com trilha sonora ao vivo, microfones, manequins de madeira, uma dramaturgia cheia de reviravoltas que apontava a morte de 3 personagens, aqueles cujos nomes começavam com Sam: Samantha, Samir e Samuel. Mas uma peça leve, com um ritmo proposto pela direção de Paulo de Moraes, que também atuava. O Armazém é uma cia muito antiga e muito consistente nascida em Londrina, mas se mudou ainda bebe para o Rio de Janeiro, dirigida por Paulo de Moraes e Patricia Selonk. Foi um ótimo primeiro dia. 

Mais fotos AQUI no facebook oficial do evento.

O mais incrível desta noite, foi ver o teatro lotado! Um teatro com capacidade para 911 pessoas! Os ingressos custam R$30, e mesmo assim conseguiu atrair muita gente da cidade de Londrina, que tem 500 mil habitantes, menos que Campo Grande, uma capital! Uma capital de 900 mil habitantes não consegue lotar um teatro de 300 lugares com ingressos a R$5! Mas ainda vamos mudar isso na nossa Cidade Morena :)

No segundo dia, 16/8, prestigiamos um belo espetáculo de teatro de rua:

Fomos ao Sesc Cadeião Cultural para acompanhar a última apresentação do espetáculo "A Condessa e o Bandoleiro", do grupo Barracão Cultural de São Paulo. Gostamos demais do figurino, da maquiagem e do cenário: impecáveis!

Impressões de A Condessa e o Bandoleiro: Acordamos cedo e animados para continuarmos o festival. Seguimos para o Sesc Cadeião. Vale dizer que isso é incrível: o Sesc toma conta da antiga cadeia da cidade de Londrina. Pedaços originais da cadeia ainda permanecem intactos, mas tudo fica melhor com uma galeria de artes, com um charmoso café, com um espaço para teatro, um espaço para leitura e assim vai. Viva o Sesc mais uma vez. Vale ressaltar que junto ao FILO, o Sesc tem uma programação infantil durante todo o período do Festival. Mas vamos à peça. Estava muito calor, nos sentamos e de cara já adoramos o cenário e pensamos "Vem coisa boa por aí". Pegos de surpresa, 5 atores aparecem pelo fundo do espaço com figurinos lindos, cantando. Imediatamente a plateia sorri e bate palma no ritmo até que todos aprendem a música e se inicia o espetáculo. Uma história linda de uma princesa que queria conhecer o mundo todo, e acaba chegando numa taberna onde encontra o verdadeiro amor de sua vida que, pasmem, não era o Barão. Os atores estavam ali, sempre em cena, cheios de energia e graça, com muita potência vocal e corporal. No fim na peça, queríamos abraçá-los e agradecê-los pela gostosura de viagem que nos proporcionaram em meio a tanta cantoria. Mas não conseguimos, pois as crianças também estavam alucinadas como a gente e já que eram mais fofas, eles preferiram elas do que a nós. Mas conseguimos tirar foto com um dos atores. Ficamos com o "poporopopópó" na cabeça o dia inteirinho!!! Valeu muito a pena!

Outras fotos lindas AQUI no facebook oficial do evento.

Ainda no segundo dia, mas de noite, fomos conferir o espetáculo 'SALINA, (a última vértebra)', da companhia Amok Teatro, do Rio de Janeiro. Na nossa opinião, esse é o melhor espetáculo do planeta Terra. Estamos chocados com a qualidade técnica dos atores, com o figurino, com a luz, com a história, com a capacidade desses caras contarem uma história longa (uma tragédia africana), com tambores, música ao vivo... simplesmente a coisa mais INCRÍVEL que já vimos.


Impressões de 'SALINA, (a última vértebra)': Depois de uma ótima experiência com a peça da manhã, estávamos cheios de expectativas para a peça da noite. Ainda mais porque tinha três horas e meia de duração! Conhecemos mais um espaço de Teatro: o Espaço Petrobras. Um galpão enorme, com uma estrutura deliciosa voltada para a arte. Ficamos com muita inveja de Londrina por ter tantos espaços culturais, diferente de nós de Campo Grande - MS. Enfim, a peça. Nossa Senhora, nenhum coração humano aguenta. Ao entrar no espaço cênico, já gostamos. Havia um chão específico de couro ou qualquer tecido semelhante, e vários instrumentos musicais. Sentamos, nos acomodamos, e no primeiro segundo de peça nossos queixos já caíram, entrou o músico em silêncio, um rasta em silêncio, logo depois entraram 5 atrizes negras cantando absurdamente bem e dançando. Nos sentimos transportados na hora para a África, com uma conexão gigante com nossos ancestrais e com uma de nossas religiões mais aflorada, o candomblé. A partir daí não tinha mais como fugir. São dez atores negros, lindos, grandiosos, fortes, com vozes magníficas, e com uma disposição física SINISTRA. Para arrebatar o coração não só dos amantes das artes, mas de qualquer ser humano, a história que começa falando de amor, tradição e dor, se afunda numa vingança que vai além da vida, e termina lindamente cheia de esperança de vida. Os atores vivem intensamente cada minuto do espetáculo e isso faz as 3h30 de peça virar o grande sentido da vida. De verdade. Foi uma experiência única. Entendendo que o verdadeiro sentido da arte é, sim, sua plena manifestação, mas quando essa é feita com tanta dignidade como foi feita pela Cia AMOK, aí sim dá gosto de ser artista, e viver ainda nesse mundo. Obrigada FILO pela oportunidade!

Fotos incríveis AQUI no facebook oficial do evento.

O festival está só começando, mas a emoção de estar assistindo espetáculos muito bons é tão grande que não estamos conseguindo segurar o choro!

Essa foi a aventura de ontem. Mais posts durante toda a semana.
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Grupo CASA

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