agosto 20, 2015

[FILO] 5º Dia

E o dia começou com mais um bate-papo! Ontem foi a vez de Alexandre Krug da Cia São Jorge de Variedades, de São Paulo, falar sobre diversos assuntos. Alexandre falou sobre a trajetória da cia e sobre a realidade deles em São Paulo com muitos detalhes. Conseguimos entender um novo conceito de manutenção e feitura de grupo a partir dos relatos do Alexandre.


Durante a tarde, alguns descansaram, alguns voltaram aos trabalhos do Grupo Casa.

À noite, fomos conferir o espetáculo Fausto da Cia São Jorge de Variedades - SP. O espetáculo aconteceu no Espaço Petrobras.


Impressões de Fausto: Este espetáculo não nos agradou. Não estamos aqui em Londrina na qualidade de críticos, e sim como espectadores, mas de qualquer forma, podemos justificar nossa opinião sobre este espetáculo, que não nos agradou. Entendemos que teatro é opinião e cada grupo tem sua forma de trabalhar e escolhe a maneira como vai explorar a matéria, o tema. Neste caso a Cia São Jorge de Variedade optou por montar Fausto, que por si só já é um ato de coragem. Fomos para o teatro entusiasmados, ainda mais depois do bate papo com um dos atores, que sabe defender muito bem as escolhas estéticas do grupo. Portanto, nós estávamos ali para gostar. Fomos firmes na missão de receptores da arte. Logo no início, quando entramos no Teatro, já achamos estranha a presença de um "personagem" circulando pela plateia. Até aí tudo bem. Muito embora a gente não goste do teatro de mero fingimento, como já disse, estávamos ali para receber, abertos. A partir daí, as coisas começaram a não ser muito boas para nós. A Cia optou por uma forma exagerada de interpretação que afasta o espectador da obra. E esta é uma opinião particular de nós cinco, embora alguns espectadores tenha saído no decorrer do  espetáculo, cada pessoa tem uma forma de ver, de olhar. Estávamos ali e queríamos ir até o fim. Foi muito válido para nós, como experiência estética, como forma, como escolha. É para isto que estamos aqui. Apesar de todo o aparato tecnológico (vídeo, microfones, músicos tocando ao vivo), a escolha por um tipo de interpretação "romântica", um tanto quanto exagerada, distancia da obra muito mais do que aproxima. De qualquer forma, se formos comparar o Hamlet andino, da noite anterior, com esta montagem, ambos optam por um tipo de interpretação apaixonada, mas no caso do espetáculo boliviano, havia uma condição técnica dos atores que permitia a eles, ou os colocava, no centro da criação como agentes de si mesmo, com verdade, e isso nos aproxima pelo prazer de ver em cena atores com domínio de suas capacidades físicas, que os faziam transbordar literalmente. Nada é comparável. Sabemos do que a gente gosta. E nós gostamos do teatro que revela o ator em cena, um ator que respeita as próprias dificuldades e que ao ultrapassar seus limites, traz o drama para si e age diante do público como se fosse pela primeira vez.

Mais fotos AQUI no facebook oficial do evento.

Essa foi a aventura de ontem. Mais posts durante toda a semana.
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Grupo CASA

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