março 29, 2017

DIÁRIO DE BORDO: 28/03/2017

   Tomamos café da manhã e nos dividimos em nossas existências para o coletivo. Depois do café da manhã, houve um mundo habitado por Ligia, Fernando, Preta, Azar, Samuel, Febraro, Gabriel, Yasmim e Daniel. O almoço foi preparado enquanto outras ações nos levaram a reformar o jardim da casa para o 2º Zappada, que acontece na sexta-feira. Transferimos vasos de lugar, plantamos mudas, descobrimos decorações e nos encontramos com uma grade antiga de cenários para ser companhia das plantas. Lemos livros, anotamos coisas, perdemos cadernos, vimos filmes. Todos fazemos coisas. Fizemos. Em alguma hora, almoçamos. Ligia passou o dia montando projetos da companhia e respondendo nossos e-mails de trabalho. Nos aproximamos para falar de festivais e planos para o futuro de abril e maio. O expediente ameaçou acabar quando Ligia fechou o computador e terminou de vez quando a agenda foi fechada também. Abrimos a discussão do jantar, onde iríamos e decidimos. Nos apertamos oito em um carro e seguimos viagem. Mudamos o destino no caminho, como de costume. Concordamos por um restaurante chinês. Comemos peixes, frangos e arroz. Voltamos para casa e colocamos os cachorros para dormir. Terminamos problemas e o dia assistidos por xícaras numa reunião improvisada na cozinha. Tivemos a conversa que deveríamos ter. Conversamos sobre as dificuldades de se conviver e as necessidades de se evoluir num coletivo. Sobre as portas que se faltam comprar, as intimidades que geramos e os erros por desmedida. Tudo está relacionado ao porco espinho interior de cada um de nós. Não demos nome aos bois. Preta fez o almoço, Azar e Gabriel fizeram o jardim, Val limpou a casa, Ligia, Fernando, Febraro e Samuel conversaram na cozinha. Vivemos uma terça-feira cheia. Nos aproximamos e nos afastamos. Olhamos o outro de outro ângulo e por isso ele já não era o mesmo. Não tenho muita coisa a contar além do meu ângulo. As companhias se fazem através de problemas. Tudo é problema. Não nos suportamos e nos amamos. Uma coisa bem feita é teatro. Por vezes me perguntam o que vou fazer se o Grupo Casa não der certo. Porque isso pode não dar certo. Eu nunca respondi. A escrita é sempre mais corajosa. Penso que se der errado, minha primeira atitude será calçar meus sapatos. Boa noite.


28/03/2017.

Um comentário:

  1. Grupo Casa já deu certo!!! Certo de atitudes, decisões, pessoas engajadas e super profissionais. Vocês são ótimos. Todo minha admiração e alegria por conhece-los.
    Abraços.
    Renata Ovelar

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