junho 21, 2017

Diário de Bordo :: 21/06/2017


Quarta-feira. Acordamos, novamente, em Amambai. Dois num quarto. Cinco no outro. Acordamos com folga. Tivemos a manhã livre. João foi o primeiro a despertar. Enrolou na cama até a fome começar a incomodar. Levantou e desceu para tomar café da manhã. Thaisa levantou em seguida. Lavou seu rosto e desceu também. Kelly foi a próxima. Febraro e Samuel se juntaram aos demais no café. Ligia e Fernando foram os últimos a levantarem. Nessa hora João já tinha se deitado novamente. Por pouco tempo. Logo juntamos nossas bagagens e partimos para Laguna Carapã. Por volta das 10:02. E que viagem maluca. Ligamos o GPS, que nos deu um caminho curto. Nem pra nos avisar que era um caminho sem asfalto e que dirigiríamos a 40 km/h. Da próxima vez, pediremos dicas de estradas antes de sair da cidade. GPS não ajuda tanto assim. Foram mais ou menos duas horas e cinquenta e seis minutos de viagem, sendo que a distância era de apenas 77,4 km. Estamos tentando levar teatro para as crianças do estado inteiro, mas com estradas selvagens como essa, fica um pouco complicado de se trabalhar.


Enfim chegamos. Estamos em Laguna Carapã. Grupo Casa fazendo teatro e mergulhando no Mato Grosso do Sul. O Brasil é lindo. Hoje enfrentamos muitos desafios para chegar até aqui. Mas valeu a pena. Logo encontramos a escola. A cidade é bem pequena. Um mimo. Thaisa e Fernando desceram para buscar informações. Conhecemos o local de apresentação e logo começamos a descer as coisas da Kombi. Só descer mesmo. Montagem do cenário deixamos para depois do almoço. Samuel nem tinha tomado café da manhã. Com aquele tamanho todo, imagina a fome. Encontramos um restaurante a duas quadras da escola. Fomos a pé. Conversando sobre a vida. Almoçamos com calma. Tínhamos tempo. Voltamos e montamos nosso cenário. Estamos cada vez mais rápidos com isso. Somos incríveis. Os incríveis. As crianças deram uma olhada de leve, mas tiveram que ir para suas salas de aula. Finalizamos. Fomos nos trocar. A produção liberou a entrada das crianças. Todas encantadas. Os olhinhos brilhavam vendo aquele cenário de teatro. Como se fosse um sonho sendo realizado. Depois ninguém acredita quando falamos que o teatro é necessário na vida das crianças. Hoje fizemos Henry Cope - O Menino que Cooperava para a criançada daqui. Uma parceria Grupo Casa, SESCOOP, Coamo e Sicredi. 


A diretora adorou. Pediu para que ficássemos e apresentássemos no dia seguinte pela manhã, período que tem mais alunos. O período matutino tem crianças de toda a zona rural. São muitas crianças. Não conseguiriam vir à tarde para nos ver. Conversamos com a galera que realizou esse lindo projeto, para ver a possibilidade de fazermos essa nova apresentação, pois teríamos que mudar o horário de apresentação do dia de amanhã em Indápólis (Dourados). Deu tudo certo. Levamos nossas bagagens para o hotel mais próximo. Logo do outro lado da rua. Um hotel muito gostosinho e aconchegante. Nos dividimos nos quartos. Alguns pediam comida, outros, pediam a senha da wi-fi. Ligia e Fernando foram ao mercadinho comprar frutas e cueca virada. Kelly foi dar um rolé na cidade. Thaisa ficou para tomar banho. João pesquisou equipamentos novos para o Grupo Casa. Febraro e Samuel trabalhavam no texto de O Patinho Feio. Ligia e Fernando voltaram com as frutas e a cueca virada. Também trouxeram suco e iogurte. Sentamos, comemos, e discutimos a agenda do Grupo Casa com os próximos eventos. Ligia já programou nosso ano inteiro. Ficamos muito animados. Thaisa e Febraro saíram de fininho para pular na cama elástica do hotel. Febraro arrasou, Thaisa caía toda hora. 


Voltamos para nossos quartos para continuarmos nossos trabalhos e lá ficamos até o horário de jantarmos. Ligia sugeriu que saíssemos para comer às 20h. Thaisa sugeriu que fôssemos às 19:43. Saímos, mais ou menos, às 20:03. A pé. Logo encontramos um lugar que vendia lanches. Na verdade, porções. Lanches não. Fomos embora procurar outro lugar. Rodamos até encontrar um Sicredi com terminais de auto-atendimento que não funcionavam. Retornamos e encontramos um lanche. Era barato. O dinheiro que tínhamos dava bem para comermos. Pedimos cachorro-quente, x-eggs, americano, americano sem queijo e bauru sem presunto. João e Fernando ficaram decepcionados com o x-egg. Era sem hambúrguer. Comemos e partimos. Thaisa precisava de salompas. Procuramos uma farmácia. O rapaz do lanche disse que a cidade só tinha três farmácias, e apenas uma era 24. Encontramos duas delas. As fechadas. Kelly emprestou um gel para dores. Thaisa e Fernando passaram e melhoraram. Na volta, encontramos uma conveniência. Paramos para comprar água. Retornamos para o hotel. Trabalhamos até o sono chegar. Amanhã a Teuda nos levará a Dourados. Essa Kombi nasceu pra isso. Grupo Casa a 100 por hora. Aliás, hoje foi a 40. Sigamos.

Grupo Casa - Coletivo de Artistas
21/06/2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela visita virtual. Esperamos sua visita real!

SEGUIDORES