fevereiro 05, 2017

DIÁRIO DE BORDO: 04/02/2017

   Febraro e Samuel acordaram às 9:00. Andaram pela cidade e procuraram a programação do teatro e do cinema local. Descobriram um filme em cartaz. Voltaram e se refastelaram no café da manhã da pousada. O café seria servido até às 11:00. Eram 10:40 e Ligia e Fernando ainda não haviam acordado. Pensaram em chamá-los mas decidiram deixar que descansassem. Decidiram errado. Ligia ficou arrasada por ter perdido o café da manhã. Fernando não ligou. Pediram dois baurus e dois sucos de laranja na recepção e ficou tudo bem. Ficamos na piscina por um tempo. Depois na sauna. Pensamos em ir às cachoeiras mas a chuva nos impediu. Fomos almoçar num dos vários restaurantes bonitos da cidade. Pedimos moqueca, um prato executivo e espaguete ao molho branco. Perguntamos ao atendente sobre o teatro na região. Ele ainda não conhecia muita coisa pois era recém chegado na cidade, mas descobrimos que ele também era ator. Voltamos ao hotel e descansamos até às 18:50. Saímos com destino ao cinema. Chegamos em frente ao Cine Pireneus às 19:00. Um cartaz colado no vidro indicava: Como Água Para Chocolate, filme mexicano de 1992, sessão às 19:30. Resolvemos aproveitar a meia hora pendente para conhecer o teatro, acoplado ao cinema. Estava fechado. A placa escrita THEATRO nos chamou atenção. Exploramos o espaço do cinema. Lindo e rústico. Tiramos fotos. Conversamos com quem chegava para a sessão. As portas se abriram e entramos. O espaço era lindo e encantador. Escrever sobre Pirenópolis é saturar a palavra lindo. Escolhemos os lugares e acompanhamos o filme. Rimos durante e choramos no final. Conhecemos o espaço que fica entre o cinema e o teatro, um palco de madeira em que ocorrem shows geralmente. Sonhamos um Bagacinho ali. Do sonho, veio a realidade de se apresentar ao rapaz responsável pelo espaço. Trocamos contato. Bisbilhotamos um casamento na igreja. Andamos por uma feira movimentada. Logo paramos numa loja de chapéus. Enxergamos figurinos. Ligia provou todos e comprou dois. Numa outra feira, compramos uma santa feita de palha de milho, para substituir a que usamos em Romeu e Julieta. Decidimos jantar a famosa pizza quadrada de Piri. Doces e salgadas. Saímos empanturrados. Passamos na farmácia e seguimos para a pousada. Nos demos boa noite e entramos nos quartos. Até presente momento, não dormimos.

   Sobre Campo Grande, soubemos o seguinte: acordaram às 10:00, limparam toda a casa e almoçaram às 12:00. Foi dia de aula das turmas infantis. Continuando nosso processo de construção de personagem. As crianças aqueceram, alongaram e andaram pelo espaço fazendo descobertas de corpo e voz para o personagem. Yasmim deu as aulas, acompanhada de Gabriel e Daniel. Os alunos apresentaram os personagens primeiramente em um monólogo e posteriormente num espetáculo com todos. Repetiram e conversaram sobre as dificuldades. Toi Toi Toi! A segunda turma teve duas alunas novas. Sortearam os personagens e acabaram experimentando todos. Muita coisa interessante surgiu. Montaram a peça a partir de um canovaccio*. Se apresentaram e depois experimentaram fazer sem o canovaccio. Sentaram e conversaram sobre o que foi difícil. A palavra "tudo" foi usada para descrever. Terminaram com Toi Toi Toi e abraço coletivo. As alunas novas se matricularam. Todos jantaram. Kelly e Daniel foram embora. Yasmim foi dormir e acordou às 21:00 com um convite de João para comer hambúrguer. Aceitou. Resolveram ir ao bloco de carnaval. Não se sabe se dormiram até o presente momento.

   Não vamos dormir. Estamos nos encontrando. Com as ruas de tijolo, os livros, os blocos de carnaval e as fraquezas. Tudo surge do encontro e a vida é agora. Boa noite.

* Canovaccio é um tipo de roteiro que indica apenas os elementos básicos de uma peça, sem entrar em muitos detalhes, contendo a descrição das situações e os personagens participantes. 


04/02/2017.


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