fevereiro 01, 2017

DIÁRIO DE BORDO: 31/01/2017

   Antes de começar o diário de bordo do dia de hoje, faltaram duas coisas importantes a dizer sobre ontem. A matéria bonita em que Ligia diz que mil coisas levam o teatro mas só o amor faz permanecer já saiu na íntegra e você pode ler aqui. E que ontem, no restaurante de comida natural em que nos abraçamos, Fernando disse: "Vou fazer meu aniversário aqui.". Ligia disse: "Também vou fazer meu aniversário aqui.". Febraro, Samuel, Roberto e Kelly emendaram o mesmo. Esse é um jargão que usamos nos restaurantes para indicar que gostamos pois sempre jantamos juntos nos aniversários. Agora sim.

31/01/2017
   Gabriel acordou às 6:15 para ir à faculdade, como de costume. Às 9:40, Ligia, Febraro, Fernando, Samuel e Yasmim estavam de pé para resolver as últimas pendências de saúde, acompanhados de "O Nome da Rosa" de Umberto Eco, "Ensaio Sobre a Cegueira" de José Saramago, "O Espaço Vazio" de Peter Brook e "O Idiota" de Dostoievski. Resolvemos. Saímos de lá às 10:23. Fomos buscar os outros para almoçarmos. Passamos por vários restaurantes e decidimos por um self-service. Era incrível. Tinha pastel. Ligia designou Yasmim para dar as aulas infantis da semana. Explicou o processo que as crianças estão passando. Após passarem pela identificação do personagem, entrarão numa construção de cena com ele. Saímos de lá às 12:00. Voltamos para casa e dormimos. Ligia acordou para fazer as novas divisões de trabalho da companhia. Fernando e Kelly compraram novos pneus para nosso carro. Um possível aluno novo da turma adulta de sexta-feira chegou para conhecer o espaço e saber sobre as aulas. Ligia contou nossa história e ouviu a dele. Explicou sobre o processo de construção de personagem que a turma vai enfrentar. Deixou de ser possível novo aluno. Deu certeza que vem na sexta. Roberto treinou andar de patins na praça para um futuro espetáculo. Samuel quebrou uma garrafa d'água de vidro. Daniel o ajudou a limpar e iniciou a leitura de "A preparação do ator" de Stanislavski. João chegou. Conversou com Ligia sobre um documentário sobre Ariane Mnouchkine que assistiu na televisão. Contou sobre uma passagem que mostrava o processo do espetáculo "Os Efêmeros". Era um processo de busca de cada um dos atores mas eles acabaram fazendo experimentos com a própria história de Ariane. Decidimos iniciar uma caminhada até o Parque das Nações Indígenas. João contou que recebeu uma mensagem no Facebook de uma leitora do blog querendo conversar sobre o livro que ele está lendo, "A insustentável leveza do ser" de Milan Kundera. Nos divertimos com a informação. Ao chegarmos no parque, começou a chover. Tivemos que voltar. Antes, passamos na farmácia. Vimos um velhinho com uma capa de chuva amarela. Parecia um personagem com um figurino acertado.
   Em casa, encontramos Gabriel, chegado da faculdade. Ligia continuou as divisões de trabalho. Conversou com Daniel sobre suas novas tarefas. Kelly trabalhou nas planilhas financeiras. João fez a arte da nova turma de teatro para crianças de 2 à 4 anos. Gabriel continuou trabalhando na arte de O Pequeno Príncipe, que apresentaremos no dia 19 de fevereiro no Bosque dos Ipês. Fernando pendurou a rede. Os cachorros adoraram. Deitou e continuou a leitura de "O Espaço Vazio" de Peter Brook. O livro continua produzindo pensamentos. Febraro escreveu um texto novo. Ligia iniciou o preparo do jantar. Abrimos uma garrafa de vinho. João quebrou uma taça inteira de vinho. Chaplin, um dos três cachorros, provou e não gostou. Ligia terminou o jantar e chamou todos. Nos reunimos sete na mesa da cozinha. Era um caldo de frango muito bom. Conversamos e rimos. Repassamos o dia para o diário de bordo. Discutimos sobre a viagem de comemoração ao aniversário de Fernando e Samuel. Estamos em dúvida entre Pirenópolis e Bonito. Sabe-se que Fernando promete voltar com marca de biquíni. Ligia pediu sobremesa. Fernando fez mas estragou colocando granola. Continuamos conversando. Gabriel estudou desenho. João treinou piano. Yasmim chegou de uma festa de família com notícias muito boas: bolo. Nos refastelamos. Entramos numa discussão sobre música e linguagem. Kelly continuou nas planilhas. Continuamos uma série de coisas mas temos que dormir. Boa noite! Amanhã acordamos todos às 7:00 para sairmos às 8:00 com destino a uma escola de Maracaju. Faremos a recepção dos alunos com música, poesia e um grande Toi Toi Toi. Vamos dormir. Não digo quando.
   Ariane Mnouchkine disse no documentário que ter uma companhia é consolar suas tristezas a todo o momento. Temos nos debruçado por Ariane faz um tempo. O que temos em comum é que queremos teatro. Há três anos consolamos nossas tristezas com uma companhia de teatro. Hoje quebramos uma taça e uma garrafa, comemos e tomamos banho. Consolamos nossas tristezas. Amanhã vamos também. Vamos! Adelante, cavaleiros!

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